quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Receitas

Quando eu era mais nova queria muito aprender a cozinhar, ou melhor, queria saber fazer bolos! Afinal, eu adorava comer, qual melhor forma de ter o que se gosta do que saber fazê-lo? Minhas primeiras tentativas culinaristicas foram em busca de aprender a fazer bolos. Foram poucas as tentativas porém todas frustradas... Eu seguia a receita, eu tentava... Mas não funcionava... Ele ficava gostoso, mas não crescia direito, ou ficava torto, ou cru por dentro. Depois dessas tentativas eu desisti, cheguei a conclusão de que não sabia e não queria mais fazer bolos. Aos 15 anos aproximadamente foi me dada a chance de voltar a gostar da cozinha, foram alguns motivos externos mas comecei a descobrir coisas que eu conseguia fazer, eu sabia fazer tortas, elas ficavam bonitas e gostosas, comecei a tomar confiança e mexer nas receitas e descobri uma intuição melhor do que eu imaginava e novas receitas ainda mais gostosas que as originais! Mas não eram bolos.
Aos 20 anos resolvi tentar novamente e mais uma vez fracassei, era uma receita simples, meu bolo de aniversário... Um desastre, a única coisa que sobrou de boa para se comer foi o recheio e a cobertura. Depois disso eu desisti. Desisti de vez. Continuei com o que eu sabia, tortas, torta holandesa, torta de chocolate, torta de café, torta de paçoca, todo tipo.
Mas a tentação do bolo sempre voltava, descobri receitas de bolo de caneca! Eram simples... Bom, deveriam ser gostosos, mas o fato é que eu acabei por fazer um bolo de paçoca salgado. Nem um simples bolo de caneca, feito no microondas. Eu fazia tortas, fazia ovos de páscoa, palha italiana, mas nem um simples bolo de chocolate.
Mas um dia resolvi não seguir a receita, ou a receita resolveu que iria brincar comigo, ela estava ali, todos os ingredientes mas sem as especificações exatas de quantidades, não seria um BOLO, mas a receita era de um, eu queria acertar, afinal era uma pessoa especial que iria aproveitar dele, e eu fiz! Fiz como faço minhas tortas, vi a consistência e fui adicionando os ingredientes, fui lembrando de pessoas fazendo bolos, das massas cruas que já raspei de tigelas e fiz (apesar de ter queimado o liquidificador com isso). Foi a primeira vez que a massa ficou sequinha, que ficou macia, que ficou gostosa, foi um simples Donuts, não era um bolo... Mas era, era um bolo de cenoura, eram quase 30 mini bolinhos, com suas coberturas diversas. Não me importa o tempo, a receita, o formato, eu não preciso seguir cada palavra que leio ou que ouço. Algumas receitas para darem certo tem que vir de dentro de nós.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Amizade verdadeira

Amigo de verdade não é aquele que esta sempre presente.
Que sabe tudo que esta acontecendo conosco.
Não é aquele que esta todo dia falando com você.
Que sempre te apoia e que nada nega.
Amigo de verdade é aquele que pode fazer um dia ou um ano, mas ao rever tudo será o mesmo.
É aquele que mesmo sem palavras diz muito mais.
Que em nossas cagadas junto com um "te avisei" vai ajudar a juntar os cacos.
Vai rir da nossa desgraça mas sem deixar de ajudar.
É aquele que se importa.
Que muitas vezes vai te xingar por estar longe.
Que vai sumir por meses e depois voltar como se nada tivesse acontecido.
Amigo de verdade não se faz ou desfaz com o tempo.
Ele se sente, se nasce e a cada encontro bate no peito.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Antes de tocar suas mãos...
Antes de tocar seus lábios...
Toquei de leve sua alma...
E no instante de contato houve.

E a alma se inquietou
Queria o todo e queria mais
Queria tocar com o corpo
Queria ser completa expressão

E foi além, foi no abraço
No embalo deu as mãos.