domingo, 2 de setembro de 2007

Um socorro

Me ajuda
toca meu peito
Não me deixa partir
Me aconchega em seus braços
Me deixa chorar
Deixa eu tremer
Temer
Me perder
E esteja lá
Para eu te encontar
Talvez lá no fundo
Onde nunca deixou de estar
Fica bem perto
Não se preocupa
Só dê o carinho
Sem palavras
Deixa o silêncio
Que me é preciso
Só quero estar em seus braços
E não mais acordar

Um acordar

Sinto em silêncio o apoio que se fazia sob meus pés ceder ao soar das palavras, vejo os sonhos se deslizarem para longe de meus dedos que a tanto já o buscavam.
Ouço as músicas se desfazerem soltas no ar, como se a ultima nota pude-se tocar, os olhos não se molham, a garganta seca, mas a dor sufoca, o medo paralisa, a tristeza surpreende.

sábado, 1 de setembro de 2007

Noite sem fim

Eu sei que a noite é longa
Vejo no escuro o frio
A chama que tremeluz
Mas não há de ser nada
O dia voltará a raiar
Os olhos marejados
Verão a luz refletir
O brilho e o sonho

Dessabores

Essa loucura que se faz
Que distorce e se esconde
Esse medo
Toda revolta
Que se volta contra mim

Incertos

Destruo-me com pensamentos
Me perco em vontades
Em desejos e vergonhas
Me acabo na vontade
E me faço castigo

Como um jogo
Sou peça complexa
De movimentos incertos
Brigando e lutando
Comigo e com o mundo

Sou a rebeldia do amor
Da tristeza que se faz só
Meus caminhos loucos
Sustentados por manhas
Razões infundadas

Difícil tomar as rédeas
Sem esporas impossível
Indomável? Talvez
Há de saber um dia