quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Um passo uma vez

Levei uma vida
Mas dei um passo
Talvez tenha doido
Mas me sinto tão leve
Talvez tenha sido duro
Mas agora não parece
Eu fingi que não sabia
Fugi do meu olhar
Dei a volta
Imaginei
Mas sou o que aqui está
Sem tirar
Nem colocar
Um sorriso
Um jesto
E agora sim
Eu posso caminhar!

Em frente

E hoje eu resolvi lutar.
E quero ver quem é que me tira da cabeça tudo aquilo que eu quero.
Te agradeço por abrir meus olhos, por me fazer desejar a ponto de jogar tudo para o alto, de ir em frente, mesmo que pudesse machucar, hoje meus passos sou eu que decido, sou eu quem mando no meu olhar!
Levantei com toda a força do mundo em meus braços, pronta para traçar o meu destino e resolver minha vida, acordei pronta para encarar de frente e lutar até a morte, decidida no meu querer e no poder que eu tenho para fazer!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Quer namorar?

Estava pensando comigo enquanto tomava banho, como fazer para pedir alguém em namoro, graças a sociedade o costume é que o rapaz seja gentil e peça a menina que deseja em namoro, mas pedir em namoro é uma tarefa um pouco mais ardua, afinal, não é só um pedido, é um pedido sonhado, as garotas esperam que seja algo especial, pois será lembrado para todo o sempre, o rapaz precisa criar uma cena e encontrar o momento perfeito para fazer o pedido, nem cedo demais, nem tarde demais, isso pra mim parece um tanto complicado, enquanto pensava sobre isso fui analisando os pedidos de namoro que recebi, na verdade os que eu aceitei.
Meu primeiro namorado soube criar uma certa cena, apesar da pouca idade e de eu ser a primeira menina com a qual ele namorou, nós estavamos sentados em balanços, um de frente para o outro, naquelas casinhas de madeira que tem escorregador e outros brinquedos, ele começou a falar o que sentia por mim, até o fatidico pedido: Quer namorar comigo? E eu aceitei.
O segundo pedido também teve sua classe, os dois debaixo de um guarda-chuvas, esperando numa praça a chuva diminuir, ele me pediu em namoro, mas eu só fui aceitar no mesmo dia mas a noite, pois eu queria pensar.
O terceiro não teve nenhum charme para ser sincera, apesar de ter sido meu namoro mais longo, nóis estavamos ficando antes, então já não precisava de toda a emoção, depois de eu terminar a "ficada" por causa de um outro rapaz, durante uma conversa eu disse que gostaria de voltar com ele, mas que não queria mais "ficar" e ele respondeu com um simples: Tá bom, então a gente namora. E foi assim, a gente então namorou.
O quarto namoro foi mais romântico, creio que o mais romântico, mas por contrapartida o que menos durou, ele me levou para um show do Teatro mágico, nós fomos maqueados, eu de boneca e ele de palhaço, o show foi realmente lindo, e quando começou a tocar a minha música favorita ele me chamou: -Ei palhacinha. Eu respondi: -Eu não sou palhaça, sou boneca. E ele continuou: -Quer namorar comigo boneca. Me estendendo um par de alianças realmente lindas. Eu respondi com todo entusiasmo: -Claro. Naquele momento um sim não bastava, tinha que ser um Claro.
O quinto namoro (sim, eu tenho um curriculo grande de namorados) foi mais uma intimação minha do que um pedido em namoro por parte dele, eu comecei com a fatidica pergunta: - E ai? o que a gente tá? Ele só me respondeu no dia seguinte, durante um passeio ao museu da língua portuguesa, disse que estavamos namorando.
Sexto e ultimo namoro, voltando para casa, nós já estavamos ficando a algum tempo, conversa vai, conversa vem, e desta vez foi o tradicional, sem grandes frescuras e nem pompas, durante um assunto mais romântico, o pedido: -Quer namorar comigo. E minha resposta foi do mesmo jeito, sem grande emoções, um Sim, simples e claro, respondendo a unica coisa que precisava.
Depois de tantos sins, nãos, talvez, pensamentos, conclusões, fico me perguntando, e como eu faria, saberia também criar climas, saberia conquistar minha garota durante o fatidico pedido, ou porque não, saberia hoje assim na minha condição conquistar um rapaz?

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Incertezas

Minha mente se infesta de pensamentos não muito razoaveis, as idéias vão surgindo como ervas daninhas para fazer de meus sorrisos amargos tragos. A mente que sempre esta a bailar, parece prestes a cair em um precipicio, pelo mesmo motivo de sempre, a insegurança, será que consigo pular até o outro lado? será que vão me segurar? Será? Será? E as dúvidas vão surgindo e se alimentando de todos os meus medos e receios, e a verdade, e o passado vem fazer festa e brincar de um assustador pega-pegas, onde quem tem que fugir sou eu.
É sempre assim, os momentos felizes parecem sempre felizes demais para serem reais, algo tem que em breve acontecer, a desgraça, a destruição, o fim, o abandono, é sempre assim, muitas vezes eu em meu medo acabo por fazer com que as coisas seja assim. Maldita insegurança, malditos medos que não sei enfrentar, minhas fraquezas que são mais fortes do que eu.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Seus olhos

Somos todos crianças que buscamos o crescimento, os muitos passos que damos vão tornando nossas vidas o que elas serão.

Tive medo do seu olhar naquele instante. Em sua tristeza, em sua descepção, pensei que não mais poderia ver seu sorriso, que não poderia mais segurar suas mãos, tive receio de agir da forma errada de estar totalmente enganada, de tudo o que eu pensei simplesmente não ser. Tive medo de sugurar você entre meus braços, de abraçá-lo e neste abraço machucar mais, queria naquele instante saber o que fazer, mas eu não soube, e não fazer nada talvez tenha dado certo, mas me sinto triste ao relembrar. Tantas coisas tive vontade de dizer, mas sabia que naquele momento minhas palavras, independente de qual fossem, que nenhuma delas seria ouvida, que tudo seria repetitivo ou sem sentido, que nada faria mudar o momento e tudo aquilo que foi.
O mais engraçado talvez seja a minha alegria em cada reação sua, seus olhos tristes me fizeram sorrir, não da desgraça, mas por achar graça da sua concideração dos problemas, tudo aquilo era tão simples, tão sem importancia e derrepente seu mundo parecia desabar. Mas eu estava ali, não via nada desabando, via uma criança querendo fugir, via seus olhos e queria proteger, não vi jamais problema algum, cada momento me fez feliz, cada toque cada palavra, tudo do jeito exato que foi. Talvez agora você entenda, nada daquilo tinha importancia.
O que me importava era ver seus olhos, e eu queria te ver sorrir.

Loucura

"Quem vai dizer ao coração,
Que a paixão não é loucura"
(Oswaldo Montenegro)

Os sonhos vão rodando como em um calendoscópio, as peças se transformando gradativamente, sem deixar de perder a beleza, me entrego a cada nova imagem, a cada nova esperança pois a vida não para de rodar, talvez seja impossivel descobrir a real figura que se transmuta, o sonho original que se transforma, ou quem sabe ao encontrá-lo todo o segredo possa ser desvendado, talvez assim possamos sonhar sem limites, buscando todas as formas.
Minhas mãos buscam devagar os sorrisos que encontro, meus sonhos, minhas paixões que se encendeiam, as clareiras da vida, os pequenos momentos que tanto esperei e que não deixam ficar, cada instante vai se perdendo, e o que resta é esperar que a próxima passagem seja tão bela como a que partiu, que o próximo sonho se complete, que cada lágrima valha a pena, que cada sorriso se transforme em flor, em arco-íris.
Explosões de incerteza sempre me cercam e o que resta é correr, sei que cada fagulha pode me acertar, me queimar, arder, mas é tão bom acreditar, e ir além, atras do que não se pode ver, daquilo que pode sumir, se desfazer, é tão gratificante alcançar aquilo que seus braços não alcançam, fazer do impossivel a certeza do possivel.
Talvez seja loucura todas as palavras que digo, seja loucura tudo aquilo que tento pensar, mas a sensatez parece a tanto tempo ter se perdido, os dias simples as falsas alegrias, o fulgor, o amor, tudo se torna tão impreciso que é preciso se desprender e correr riscos, assim como fui me tornando apta a fazer, quem sabe isso me faça tão errada, tão insana, desleixada, não aconselhavel para se ter.

Despedida

Essas vontades que parecem sem sentido, vou sentindo o gosto das lágrimas se derramendo dentro de mim, de onde vem essa vontade do não dizer, do não deixar, do deixar ficar, me surpreendi com lágrimas contidas, me surpreendi com estes olhos tão serenos quererem te mostrar lágrimas.
Realmente não entendi o porque, tão breve nos veriamos, mas naquele instante a vontade tão grande de chorar de não sair de não deixar você, foi tudo tão confuso nesta mente que só sabe pensar, que apesar de todo sentimento tenta sempre se mostrar racional, eu quis chorar, chorar a partida a despedida, como se nunca mais fosse voltar a te ver, quis segurar com força seu corpo, quis te segurar te prender a mim, como nunca quis com tanta intensidade. Será a loucura que se apodera? Quis sussurrar, quis dizer, quis gritar, quis pedir, mas me calei, pois a hora certa há de vir...

dias calmos

Amanhece devagar
O sol vem aos poucos comprimentar
A noite se desfez como um sonho
Ou sonho será que foi?
Os dias agradaveis
As tarde animadas
As conversas os olhos
As pessoas
A compania
Tudo vai se desfazendo
Vai ficando na mente
Na imagem
Na saudade
E dentro de mim