sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Atar

Enrosca, une, embaraça, enrola, amarra, junta, prende...
Não solta mais.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Outro tipo de monstro

Cardumes se unem para assustar, convencer, mostrar sua ideia, um lugar onde todos pensam igual e onde quem não pensa esta fora. Por mais forte que seja a opinião individual ela acaba se pondo em cheque quando debatida com diversas opiniões contrarias, a dúvida e o medo começam a assolar, afinal porque você, a pessoa diferente de todas as outras, estaria certa enquanto o cardume estaria errado?
O pensamento em grupo é complexo, a individualidade nem sempre é positivo, o líder muitas vezes é o único que possui essa consciência é quem leva o grupo a pensar de uma mesma forma, muitas vezes sem nem mesmo querer isso, é um ato natural, os líderes costumam surgir e serem seguidos sem esforços.
Algumas vezes aquele que está alheio ao cardume acaba por, não apenas se perder, mas também ser retirado posteriormente do grupo, talvez o estar alheio pareça falta de interesse e não apenas uma pausa, um respirar.
Talvez um peixe sozinho seja muito mais fácil de ser predado, mas as vezes a individualidade vale mais.
Os sentimentos de grupo, de união e de equipe não podem ser preenchidos por outros, é difícil abandonar o conforto do seguir, criar o próprio caminho, romper com o que é esperado, porém a liberdade, a criatividade e o amor me completam de um jeito que nada além disso pode substituir sem deixar marcas ou buracos.
Meus monstros começam a aquietar.
Os mares, as ondas e o mundo vai chegando ao fim e todo o fim é a limpeza para um novo começo.
O que vem esta nas mãos do todo ou do individuo.
O que vem esta nas mentes e nos sonhos.
O que vem... Será.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Monstros

Diante de seus olhos vejo meus monstros
No fundo de seus olhos o reflexo de meus defeitos
Em cada lágrima minha tento desfazer as faltas
Em cada noite mal dormida vem a mente respostas

Quantas vezes tentei afogar as verdades
Mostrar apenas as boas faces
Sorrir em minhas tristezas
E te dar alegrias quando as minhas fugiram

As luzes se acendem e se apagam
São como luzes de natal
Os sonhos vem mas as vezes passam
E no escuro o medo vem me encontrar

Por mais que feche a boca
Por entre meus lábios
Se debatendo em minha garganta
Uma hora todos os monstros saem.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Invunerabilidade

Quantas pontes, quantos muros, quantas fortalezas, portas, castelos, portões e paredes.
Vou me fechando, escondendo e protegendo.
O mundo vai sufocando, se perdendo e se afastando.
Mas volta a onda, volta a chuva, raios, trovões, incendios, nevascas, intemperie que desafia meu pequeno mundo.
Vejo, ouço, sinto e me desfaço.
Por mais que o mal tempo não me abale fisicamente o mental me ataca, o medo me invade a incerteza a insegurança.
Não sou invulnerável.
Não sou insensível.
Minha alma chora.
Meu coração se desfaz.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Era tudo azul

Deitada de lado, no escuro, a noite quieta, os sonhos fugindo.
De olhos abertos enquanto você dormia.
Pensando por quais sonhos você navegava.
Doce dormir, tão perto, tão distante
Minha mente viajava em palavras antes ditas
Nós, nossos, nossa
Seu sorriso a cada uma delas
Um abraço gostoso que me levava
Entrelaçados em uma alegria sem fim
Os sonhos e a realidade ali
E eu dançava na corda bamba
Sabendo que se eu caísse...
Você me seguraria
Sabendo que se eu chegasse...
Você estaria ali para me receber!

Alguma coisa morre em mim

Sonhos, são sempre eles, sempre abrindo meus olhos, sempre dividindo meus mundos.
Acordo com enjoo, mas foi tudo tão tranquilo, as cenas pesadas não pareciam tão horríveis quando estava a vê-las. Olhos vazios, bocas costuradas, a pele rasgada e novamente montada. Não havia medo, apenas uma pessoa a costurar, corrigindo e remontando, transformando, consertando os erros e as destruições. A pele vazia, sacos de pessoas, faltava alma, faltava amor, apenas pessoas que nada podiam me fazer, que nada podiam me causar.
E a pessoa que costurava não era eu, talvez fosse o tempo, juntando os pedaços perdidos, de minha parte não havia tristeza nem compaixão. Vi a cena e deixei, e parti e segui.
Sonhos reais que me assustam e me acalmam.
Da morte sempre surge a vida.
Pois que ela venha cheia, pois muito já morreu!