quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Outro tipo de monstro

Cardumes se unem para assustar, convencer, mostrar sua ideia, um lugar onde todos pensam igual e onde quem não pensa esta fora. Por mais forte que seja a opinião individual ela acaba se pondo em cheque quando debatida com diversas opiniões contrarias, a dúvida e o medo começam a assolar, afinal porque você, a pessoa diferente de todas as outras, estaria certa enquanto o cardume estaria errado?
O pensamento em grupo é complexo, a individualidade nem sempre é positivo, o líder muitas vezes é o único que possui essa consciência é quem leva o grupo a pensar de uma mesma forma, muitas vezes sem nem mesmo querer isso, é um ato natural, os líderes costumam surgir e serem seguidos sem esforços.
Algumas vezes aquele que está alheio ao cardume acaba por, não apenas se perder, mas também ser retirado posteriormente do grupo, talvez o estar alheio pareça falta de interesse e não apenas uma pausa, um respirar.
Talvez um peixe sozinho seja muito mais fácil de ser predado, mas as vezes a individualidade vale mais.
Os sentimentos de grupo, de união e de equipe não podem ser preenchidos por outros, é difícil abandonar o conforto do seguir, criar o próprio caminho, romper com o que é esperado, porém a liberdade, a criatividade e o amor me completam de um jeito que nada além disso pode substituir sem deixar marcas ou buracos.
Meus monstros começam a aquietar.
Os mares, as ondas e o mundo vai chegando ao fim e todo o fim é a limpeza para um novo começo.
O que vem esta nas mãos do todo ou do individuo.
O que vem esta nas mentes e nos sonhos.
O que vem... Será.

Um comentário:

Lu...uma imensidão sem palavras disse...

Adorei!!!

O processo de se desprender do cardume é doloroso sim, mas vale a pena! Mais do que você pode imaginar logo no momento posterior ao rompimento... Vale cada lágrima!