segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Sem sabro

Tantos sentimentos que transitam por este corpo, tantos quereres sem fundamento, tantos sonhos que já não deviam. E a noite é sempre companheira, com seu véu diz que já não há mentiras, diz que o sofrer é opção minha e que o caminho tomado não tem volta. Lágrimas sempre me perseguem, e neste dia não é diferente, a garganta a doer, as lágrimas que não querem sair, o peito tem medo, o corpo é fraco, as palavras são ditas e os dias continuam passando sem demora, 1, 2, 3 e já vão 4, mas a conta tanto faz, já são 5 sem pensar. Uma boca, só uma boca, uma boca só, sem saber, sem sabor.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Já acordei de tantos sonhos que não sei mais onde estou, os dias que passaram fazem do presente aquilo que ele é e deixa de ser. Minhas restrições eu mesma criei, meu inconciente não me deixa correr. O medo da noite eu perdi, sei que as sonhos sempre vem mesmo que eu deseje que não, quem sabe eu esteja perto de entender tudo aquilo que eu finjo ser, ou acorde sabendo que vou ser para sempre o que já sou, sem mais perguntas sem novas respostas, somente a derrota daquilo que não mudou, que não voltou e que só enganou.

O azul do céu

Talvez o céu não seja mesmo azul como todos dizem ver, talvez ele seja cor de marfim ameaçando as cabeças que ousam se entrepor entre ele e a terra. Os pensamentos que passam por todos não passam por minha mente, os olhos meus vêem de forma diferente, minhas mãos sentem com mais força e tudo sempre deve ser pensado, tudo se faz dor pois a mente vai além e não mente para o corpo. O mundo pesa sobre meus ombros, não tenho força para sustentar a minha vida, toda vontade é posta a prova, a moral se remoi e se constroi sem parar, e tudo que sempre resta é o medo e a dor, todas as certezas são a incerteza. Minha felicidade é o sono que tranquiliza meu pensar, que esvazia a minha mente e acalanta a minha alma que se esquece do sofrer.