quarta-feira, 30 de maio de 2007

Mais uma vez

Parada na escada me despeço, apenas mais um beijo antes de deitar-me sozinha, bocas unidas num beijo doce, que aos poucos envolve, esquenta corpo e alma, um beijo com gosto de bem querer e querer mais, um longo abraço, sentindo seu corpo no meu, o sono implora para que o beijo se acabe, mas o corpo mostra não querer mais sair daquele instante de calor, resiste e insiste para continuar, nos esquentamos em um simples beijo de despedida, quando o corpo não mais resiste finalmente a despedida se concretiza.

Sozinha na cama ainda sinto seu gosto em meus lábios e me deixo levar pela noite desejosa de em sonho voltar aquele instante que se foi.

Como água

Neste frio me congelo, sou floco de neve a brincar pelo ar, distraindo o mundo, brincando de fazer anjos, derreto-me entre mãos quentes e logo após voltando a ser cristal brilhante contra a luz me jogo do céu e faço chuva sobre cabelos, escorrego em guarda-chuvas e no chão entre muitas de mim me faço espelho refletindo de baixo centenas de pernas que passam sobre mim.

Depois viro festa brincando no bico e nas asas que se sacodem satisfazendo a boca e o corpo, no calor me divirto no céu, sou algodão que se forma e transforma, hora sou gato, hora depois face humana, de mais puro branco com aquarela me tinjo fazendo do céu colorida tela, do azul ao amarelo me faço rosa, sou quase sangue escorrendo no horizonte e nesta brincadeira viro o mundo desfazendo e refazendo minha vida.
Como se fosse estrela me perco no infinito do universo, iluminando o caminho por onde passo busco a única estrela que um dia foi capaz de me iluminar, sua luz ainda brilha em meu olhar, não tenho medo de buscar eternamente pelo infinito, tenho a certeza de um novo encontro, onde poderemos banhar o universo com a luz de todas as cores que resplandecem de nossas alegrias, ao nos verem pensaram que surge novo sol, admiraram a intensidade de nosso brilho e sonharam tentando desvendar os mistérios do céu, e nós não repararemos em nada, só veremos um ao outro felizes em um para sempre.

sábado, 26 de maio de 2007

Carta a um amor

Agora já deves estar a dormir...Quanta inveja sinto, inveja do cobertor que te esquenta, do travesseiro que te apoia da cama em que se acolhe...

Como eu gostaria de ser neste instante teu sonhar, poder estar contigo a cada instante desta noite que se estende sobre nós, mesma noite que cobre seu céu e que se estende sobre meu teto, noite que compartilhamos, mesmo céu, mesmas estrelas que unem nossos mundos.

Mais que ser seu sonho como seria maravilhoso estar a embalar sua noite, poder ver seus olhos se fechando e acompanhar calmamente sua noite, velar seu sono, observar, até exausta de tanto te olhar, quando já não mais aguentasse me entregar em silêncio ao meu sono, e por tão tarde ter dormido ser carinhosamente acordada por seus lábios, por seu sorriso, um doce abraço, quente, terno que me anima, que alivia a alma e me faz de um sonho acordar para outro.

Esta noite fria que me engole deixa dentro de mim o gosto da saudade, da falta, mas nunca da ausência, pois você existe, e mais do que existir, está na minha vida, faz parte como nunca alguém fez, é personagem pricipal da minha história, repartindo falas com meu ser, que se sente privilegiado com tal premio, e ainda passa noites se perguntando o merecimento de tanta felicidade.

Pensar que o mesmo sorriso bobo que exibia a mais de um mês atras ainda paira nesta face, como se nem ao menos um dia houvesse passado, ou então se expressa com ainda mais força, parecendo mais vivo, como se ouvesse sido renovado com a sua presença, e a presença que se faz são apenas suas palavras, como podem simples palavras moverem meu mundo?

Transformarem esta manhã cinzenta no mais belo carnaval? Cores, brilho, tudo tão belo, flores, perfumes, como criança observando o nunca antes visto.

Não posso mais dizer-me ser unico e livre, pois de minha liberdade escolhi a prisão de seus braços, de minha unicidade escolhi me somar a você.

De alguém que está aqui tão distânte e se sente tão perto, de alguém que espera em silêncio, mas nem por isso é triste, de alguém que não se cansa de escrever palavras doces para tentar dizer tanto amor...

O que será?

Entre tantos caminhos o céu azul pairava sobre minha cabeça, carregado de nuvens brancas que brincavam de formas, se divertiam em enfeitar a imensidão que me cercava. Entre tantas nuvens me esquecia de procurar, onde será que fui deixar?

Em algum lugar tentei esconder, mas e agora, como encontrar algo que escondi até mesmo de minha alma? Onde procurar? Talvez na arca que se encontra no final do arco-íris.

Mas o que tanto procuro? O que foi que esqueci?

As respostas não me vem a mente. As certezas as vezes parecem frágeis, o que eu esqueci? Me ajude, talvez seja importante lembrar.

Porque me sinto tão vuneravel? Porque tudo parece conseguir me ferir...

Quando achar o que procuro talvez entenda.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Entre monstros e sonhos

Sente-se mais uma vez perdida? Vê que seus caminhos, suas lutas não são reconhecidas? Mais uma vez o passado volta para assombrar? Os gritos ainda presos na garganta e a voz parece cada vez mais baixa e submissa, o medo engana a verdade se calando mesmo sabendo que há como se defender.

Aquelas lágrimas ainda regam este coração que parece não saber como reagir, sinto escorrer dentro de mim, amargas e pesadas, deixando em minha boca seu sabor.

Quando os sonhos parecem mais uma vez surgirem, ouço novamente a realidade que acreditava findada. Vejo em seus olhos a raiva, a dor, a vontade do não saber junto com o julgar e o orgulho do humilhar, com a face séria não consegue esconder de meus olhos o sorriso amarelo que mais uma vez pesa em lembranças de infância, aquelas que me fizeram em outra vez eu fugir atormentada, entre lágrimas, por deixar alguém que amo, mas tranquila por fugir de sua lingua afiada.

Não quero novamente ser fraca, temer, quero ter a coragem de dar respostas dignas, ter palavras certeiras e não mais me calar.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Querer

No desejo me desfazer
Em seus braços desfalecer.
Esquecer das incertezas
Que o mundo sempre insano insinuou.

Qual fim mais desejado
Que em seus olhos se perder?
Rogo vez mais por toques
Que caibam a noite em segredo guardar.

Quem sabe o dia se enlouqueça
e se esqueça de nos ver,
e desta vez o sol não chegue
e se aprochegue o meu corpo do seu corpo
nesta cama que inflama meu viver.

Te amo

Caberiam estas palavras na noite iluminada, nos olhos dos amantes, que muito antes se encontraram no vazio de suas camas e no desgosto da solidão, em seus sonhos desistiram desta vida descontente e viveriam eternamente na mente adormecida de seu amor.

Sorte dia em que ainda desiludidos se arrastavam por caminhos outrora decididos por clarevidentes desentendidos, e neste inocente incidente de olhares a muito conhecidos.

Sem saber da brincadeira nesta noite sem estrelas resolveram se encontrar estes lábios que um dia decidiram encerrar a vida de sentimentos em sonhos não mais reais, bocas que não sabiam mais o gosto do amar.

Aquelas palavras que podiam ser ditas se esconderam no silêncio das lágrimas que surpreendiam e se entendiam como pura alegria deste encontro tão irreal quanto a vida no sempreamar.
Me refaço como música
Novo ritmo, outro tom
Redireciono a letra
Fazendo nova história
Encantando meu futuro
Desmanchando algum passado
Aproveitando esta sina
Desejando ter você
Nosso rumo, esta vida
Que queremos e sonhamos
Nos olhares refletidos
Espelho desta alma
Escrevendo uma história
Lado a lado
Nosso espaço
Que se faz.

Queria

Meu olhar
Como um abrir de asas
Passa a ver
Voa neste mundo
Busca minha´lma
Entrelaçada com a bruma
Se desfazendo
Deslumbrando a vida
Sendo deslumbrada
Ante o desabrochar
Estremece a terra
Refazendo o dia
Somando a noite
Sonhando o futuro
Deslizando no presente
Carregando teu sorriso
Entregando meu brilhar
Chovendo de meus olhos alegria.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Noite de luar

Leve como a nuvem são minhas asas, de textura sedosa e cor de infinito, nelas apoio meu corpo que mesmo pesado se faz suspenso, deixo o mundo que me segurava em algum lugar distânte.

Rumo com a brisa do mar para o meu lar, um castelo que se faz entre nuvens róseas de um por-de-sol, onde as borboletas entre pétalas e folhas a farfalhar brincam de colorir a noite que virá.

Da janela de meu quarto vejo sua janela aberta que espera por um anjo azul celéste que parece ainda não ter ido ao seu encontro, sem pensar me jogo no céu a caminho de você.

Entro em silêncio, a meia luz me guio pela lua que em seu rosto se faz meu sol, brilho eterno que jamais esperei encontrar em meio as trevas daquele mundo que outrora tentei abandonar.

De forma inesperada seus olhos se abrem e antes que veja escondo-me em seus sonhos, lá, talvez me encontre, ams sem saber de onde vim, serei mistério até que a luz do dia lhe deixe ver onde realmente um dia estive.

Pelas ruas

Nas calçadas que levam a algum lugar, o dia raia de forma compassada com os passos frenéticos que são ditados pelo Tic-Tac dos relógios que nos aprisionam nesta cidade.

Entre muitas pernas destaca-se numa esquina qualquer deste mundo pessoas que ainda dormem em seus trapos e que logo estaram mais uma vez a caminho da luta que é sua vida.

Um mundo marcado por contrastes onde a pressa parece desfazer o desabrochar das flores, onde crianças de bochechas rosadas não se encontrar com aquelas que de mãos estedidas nos pedem ajuda.

Nesta correria chega a tarde com seu calor dilacerador e imploramos por um pouco de calma e descanso enquanto nos aprazemos com deliciosos e caros pratos, que mal aguentamos e desperdiçamos, e lá fora mais uma vez vê-se a dor.

O dia vai se perdendo e com sua força continuamos nossas correrias onde as distâncias se fazem sugadoras de nossos tempos, para cada tarefa desperdiçamos todo o nosso dia, desta vida que esquecemos esgotável.

Entre prédios iluminados as estrelas parecem não surgir, a noite da cidade engole a beleza da escuridão e faz inveja a qualquer brilho, sem ao menos mostrar beleza, desfaz a impressão do infinito que nos cerca.

E assim voltamos para um lugar que chamamos de casa, e novamente em busca de descanço pessoas que deram realmente suas vidas por um pouco de comida se escondem em suas esquinas, torcendo que esta noite não seja fria e que a violência passe longe.

E em nossos coviis, com nossas famílias virtuais que não pudemos dar atenção nos deitamos para mais uma noite de descanso e para mais um dia de uma vida agitada e não vivida.

E mais uma flor desabrocha sem ser notada na escuridão de um quarto, a sorte sempre esta lançada.
Acordo não mais para apenas seguir meu dia,, abro os olhos para me inspirar em suas palavras e só depois começar meu dia.

Não tenho forças sozinha, ainda banho meu travesseiro em lágrimas antes de me deixar levar pela noite, mas meus sonhos são doces quando você está lá, faço do sonhar meu templo de descanso, renovo-me para conseguir viver por um dia a mais.

Me esqueço deste mundo e só vejo seus olhos nos meus, não precisa nem pedir, na tristeza só sua lembrança me faz sorrir.
Anjo meu
Baila nas nuvens
Presenteia as estrelas
Busca o sol
E leva junto meu olhar
Te procuro neste dia frio
Para nos seus braços me aquecer
Beijar sua boca até cansar
Me enrolar em seus cabelos
Esquecer-me no reflexo de seu olhar
Tantos sonhos sem você
A tarde continua fria
Ainda estou longe de seu abraço.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Ainda

(por pocket_miau)

Ainda está noite sinto frio
Mãos gélidas como defunto
Sinto o corpo trincar
Sou como gelo a despedaçar

Ainda não é o amanhã
Talvez logo-o seja
Mas as vezes o momento
Simplesmente não chega

Ainda não é agora
E como saber quando será?
Espero anciosa
A hora que virá

Ainda não é para sempre
Mas uma hora há de ser
Sonho a toda hora
Pois vou sempre esperar

Mas já sei o que quero
Já sei quem eu sou
Já sei a quem amo
E não vou mais me perder

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Um pai
(por pocket_miau)

Como dizer
Palvras perdidas
Quero conversar
Me abrir
Contar meus sonhos
Meu herói que sempre esteve aqui
Tão distante
Nos separamos a algum tempo
Diga me quais foram as razões
Olhe de novo sozinho para mim
Lembre-se o quanto te amo
Quero lhe contar minha vida
Ser mais uma vez sua gatinha
Em algum lugar
(por pocket_miau)

Anjo torto sou eu
Me perco no querer
Na vontade de ajudar
Desfaço o que estava

Não meço esforços
E me perco
Onde não estou mais
Onde será que fiquei

Me perdi em algu lugar
Talvez ao seu lado
Em sua volta sua volta
Me traga de volta
Me perdendo
(por pocket_miau)

Vontades que varrem minha vida
Me levo a escrever uma vez mais
Não quero outra vez parar
Mas não quero os mesmos motivos de sempre

Sei que a vida em sua simplicidade
Me complica
Me enlouquece com tantos mundos
Esforço-me para entender, agradar, sorrir

Nada parece ser sincero sem você
Meu mundo se descolorindo
Esperando por suas volta

Desilusões de um mundo

Mundo estranho que vivo
Onde não sei mais meu lugar
Me perco em não saber o que digo
E calo se me queixar

Consigo conter lágrimas
Afogo-nas dentro de mim
Me fecho em fantásias perfeitas
Me escondo no mundo que criei

Sei que me entrego sem lutar
Que poderia até mesmo resistir
Mas já não sei como fazer
Tantos anos a me resignar

Tristeza que toma conta de mim
Mundo de sonhos que não sabem ouvir
Palavras jogadas em um falso conviver
Onde foi que eu realmente deixei o meu viver
Insonia
(por pocket_miau)

As horas parecem brincar
Se esquivam e se desprendem
Deixam o relógio para trás

O tempo vai deslizando
Deixando de lado um dia branco
Trazendo devagar um arco-íris

Nessa ponte de união
As vezes me perco nos versos
Por estar presa no pensar

Nesta noite que não consigo dormir
Me esqueço do amanhã
Pensando apenas no que há por vir

Seus pedidos, seus convites pairam
Nuvem de pensamentos
Giram e gritam que sim.
Um gato entre pessoas
(por pocket_miau)

Me entrego ao frio
Entre tantos
Mais uma vez só?
Não desta vez
Talvez o momento seja triste
Há distância entre os que estou perto
Mas você que está tão longe
Sinto-o aqui
Mesmo assim o frio é grande
Invertam-se os ponteiros
Quero você por todos os lados
Destruam-se os calendários
Os dias já não me importam
Nosso tempo é infinito
Ele para diante de você
Torna-se vida
Mas agora, sou morte.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Pensamentos noturnos de algo

Vagarosamente me afasto da escuridão em que um dia estive presa, as vezes memórias tristes partem das bocas alheias para me atormentarem, pessoas que deveriam me proteger as vezes parecem quererem me derrubar, e sem querer me mostram um passado que eu já não quero mais olhar.

Mas todo este tormento parece apenas uma brisa quando lembro do brilho dos olhso que agora me guardam, já não sei mais com que olhos encarar um mundo que se foi, não sei como ver mais as coisas, algo dentro de mim ainda busca respostas, não para a minha vida, mas para aquelas que me cercam.

Quero, e quero tanto poder ajudar os que já esqueceram o que é o amar, o que é ter esperanças e lutar por seus maiores sonhos, mas não sei até onde posso fazer algo, as vezes o amis correto pode ser memso deixar que aprendam sozinhos, mas é tão duro ver pessoas se ferindo sem necessidade.

Mas hoje o que realmente quero não é brigar por coisas que me deixam mal, quero apenas braços que me acolham em meu sono, quero apenas um corpo que me apoie, que esteja ao meu lado, em silêncio e que eu possa adormecer em um abraço sem fim. E sei mais do que nunca que não é uma pessoa qualquer que quero assim, é alguém com nome, sobrenome, rosto e tudo o mais, sei tão bem que posso vê-lo sem nem ao menos fechar os olhos, mas está tão distânte que o que realmente posso fazer é adormecer em lembranças e me esquentar com este amor.

sábado, 5 de maio de 2007

Sonhos distântes de uma menina
(por pocket_fer)

Longe dos braços que tanto quero, aqueles que estiveram comigo a guiar-me, longe da boca que me entende e que quero mais uma vez sentir o gosto, me descobrir mais uma vez em seus olhos, saber-me perto, sentir, ouvir, tocar, beijar, amar.

Dias que se tornaram eternidade em meu pensar, dias que passaram de forma descontrolada e rápida, que não voltam mas me fazem pensar, me fazem querer mais, me fazem sonhar, me perdendo em devaneios, sonhando com um amanhã que pode estar próximo, com um hoje menos sozinha, com um passado que parece se desfazer por inteiro deixando espaço apenas para o que veio e está por vir.

Deixar o frio tomar conta do meu corpo enquanto está longe, sentir o ar ao meu redor, ver como o mundo parece diferente depois de nosso encontro, reconhecer em cada cor uma nova vibração, descobrir-me feliz, saber-me sorrindo por motivos que aparentam não existir e saber uma vez mais que estou contigo.

Ver-me rrefletida no espelho sem as marcas duras da tristeza, saber que cada lágrima que escorreu que feriu que me esgotou foi secada por suas mão, por nossas conversas sem fim, por noites sem dormir.

Quero uma vez mais deixar o sol nascer sem me importar, deixar as horas passarem e só repousar com você, quando já não aguentar mais, quando o unico destino que me sobrar for o sono, quando não aguentar mais, e acordar mais uma vez em seus braços.