sábado, 25 de abril de 2009

Eu

Sou do tamanho do meu mundo
Por fora tão pequena
Por dentro o infinito
Regada de sorrisos
Afogada em lágrimas
Sou tudo aquilo que sinto
E todo o ar que respiro
Aparecia de criança
Com palavras mais profundas
Tenho em minhas mãos estrelas
E nos meus pés flores
Minha mente descansa na lua
Meu corpo reclina no mar
Talvez eu não seja nada
Talvez o que eu seja não é.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Te ofereço

Dias chuvos que ofereço a meu amor
Onde o sol se esconde e preciso de proteção
Onde posso mostrar minha fragilidade
Ser acolhida em seus braços
Chegar encharcada e com mil carinhos ser recebida

Mostrar-me pequena
Ser docil e precisando ser acolhida
Me secar em toalhas macias
Me enroscar em roupas quentinhas
Entre seus braços assistir a chuva
Ouvindo os sussuros do céu à terra como gotas

Quero um dia assim
Que pareça sem graça
E que você possa faze-lo brilhar
Que esquente minha alma
Faça da chuva arco-íris
Que voe ao meu lado em sonhos
Contornando as nuvens
Esculpindo no céu castelos de algodão

Te ofereço um dia sombriu
Para que nele mostre seu valor
Se neste dia me fizer ver o sol
Saberei que é assim
Que é você
Que sou eu
Que somos nós...

Loucuras a parte

Por curiosidade vou indo passo a passo, buscando em você o que há que eu possa não saber, segredos talvez, vou buscando, não que eu desconfie de algo, apenas para conhecer, para aquietar-me...E sempre nesse entrelaçar de informações vão nascendo questões, as coisas meio bagunçadas vem a mente de forma abrupta, um talvez gera o medo, um talvez leva a toda insegurança que pode haver, e então, o que fazer? Confirmar as idéias é o mais obvio, sou direta, sempre fui, meu peito se enche de força nestas horas, direta, rápida, simples, sem ter tempo de ser ludibriada, perguntas simples que não se podem fugir, sei que você não fugiria, mas ajo assim sempre...O tempo de resposta é o pior momento, aguardando enquanto meu coração bate de forma descontrolada, minha respiração é exagerada, me causa tontura, uma aparente falta de ar causada por hiperventilação, tudo isso muito psicológico, tudo isso totalmente fisico, a vista, a audição, tudo parece parado, não percebo mais nada, assim como o tempo que gostaria de voltar, não ver, não pensar, não saber, não entender...Mas a resposta chega sempre, pois foi pra isso a pergunta, resposta assim como pergunta, rápida e certeira, sem rodeios sem mais por dizer...O coração desacelera, o problema é a espera e o medo, depois que a tragedia se confirma, tudo sempre passa, esse é meu jeito, depois do ataque não há remédios, não há o que mudar, é a vida, o fato é, só tenho que começar a aceitar, isso causa uma certa confusão, um não querer saber, não querer entender, ignorar todos os fatos, se sentir injustiçada, inutil, traida, mesmo sabendo que estes sentimentos seriam mentirosos, nada disso aconteceu...Tudo é sempre tão sincero, mas custa acreditar nas pessoas, mesmo tendo a certeza, é dificil se ver em um mundo feliz, um mundo que pareço não merecer...Tantas loucuras que nos permeiam, tantas loucuras nas quais me afogo...Ahhhhh...A mente as vezes precisa apenas descansar, os sentimentos se aquietarem pra voltarem a ser...Sim, o mundo são só flores, mas o fato é que flores tem espinhos, e é preciso saber colhe-las sem se machucar.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Amor maior

Sou livre, tenho pés para ir onde quero
Meu coração bate no ritmo que gosto
Meus olhos vêem o que tanto querem
Os sorrisos me escapam e as lágrimas também
Sou livre, livre da tristeza
Livre do passado, sou o que sou
Sou parte do meu próprio sonho
Posso tocar com minhas mãos a realidade
Tenho um amor maior que o mundo
Cabe tudo neste coração
Pois agora ele é livre
Cabe tanta coisa que sinto transbordar
Meu coração não cabe no mundo
E todo tempo ainda é pouco pra te amar

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Flores

E os dias passam,
As flores que eram
se foram
As flores que serão
não vieram
Mas o perfume
Mas as cores
Elas permanecem
Meus olhos veem o além
Veem mais que alguém
Em mim há a semente
Da flor que um dia será.

Quarta feira de cinzas

E é sempre assim, o carnaval termina
E sempre sobra uma dor
Uma tristeza, já é assim a tanto tempo...
Mais um carnaval acaba, mais uma dor no peito
Mais uma lagrima que rola, e as lembranças...
É quarta feira de cinzas,
O que sobrou foram as cinzas...

As coisas como são

É um mundo engraçado
Leva-nos as lágrimas
E derrepente tira-nos os desejos
Os sonhos em preto e branco
As horas marcadas pelo sol
Parece apenas um dia nublado,
e nada a passar
O sorriso que fiz
O céu que desenhei
se apagou num sopro
Talvez os sonhos sejam assim
Feitos para se desmancharem
Como bolhas de sabão
Lindos apenas num instante
Mas intocaveis
Inatingiveis
Pois eles deixam de ser
quando chegamos perto demais
Meu olhos paralisaram
Suas palavras me desmontam
Me sinto dissolver
Até o chão me engolir
E então fico esperando
Um porque
Uma resposta talvez
Um sorriso
Algo que me faça outra vez
querer existir.