segunda-feira, 20 de maio de 2013

Pensamentando

Tento pensar em tudo que acontece e aconteceu em minha vida, em muitos momentos choro, atualmente mais do que o que seria comum. Meu mundo se transformou, eu não quis andar eu quis correr, fiz tudo ser e acontecer, segui pelas trilhas mais difíceis e quando achei que não havia volta meu peito explodiu e precisei mudar, voltar, te encontrar, mas as coisas se viram e desviram, foi tanto medo, foi tanta alegria, tanto sentimento que não tinha nem mesmo onde por.
Ouvi tantas coisas cruéis, tantas coisas ruins, foram tantas as vezes que acordei de sonhos que pareciam não ter mais fim, sonhos tristes, perdi tanta coisa, perdi tanto tempo com coisas que simplesmente não precisavam ser.
Corri atrás de tantos sonhos, fiz tantas coisas que nem sabia que conseguiria, falei tudo o que sentia, briguei, chorei, corri, tentei desfazer todos os problemas, tentei me transformar em tudo aquilo que queriam. Me esforcei como já mais me esforcei pra algo. Me vi presa em minhas próprias loucuras, a loucura de, de repente, não ser mais você e ainda não ser quem eu gostaria de ser. Em um momento era estável, agia correto, fazia o que queria e o que devia... Mas no instante seguinte o mundo ruía, não sabia se era eu, se era fora de mim, o medo, a incerteza e a falta de força, tentei esconder cada dificuldade, mas só fraca, transparente, e tudo ruiu. Me culpei até meus olhos cansarem de chorar. Tentei consertar a vida, consertar de fora pra dentro tentei colar os cacos do que havia se quebrado, mas não pude.
Quantas vezes não errei? Essa não havia sido a primeira vez, foram tantos enganos, tantas falhas minhas, tantas que nem sei mais contar, quantas vezes chorei ou fiz chorar, quantas vezes simplesmente se cansaram de mim. Sou eu... Sempre sigo, ou o mundo segue, o mundo acontece e logo estou com mais um problema sem resposta, mais um sonho que farei questão de destruir.
Talvez fosse realmente um grande motivo, talvez a intimidade não fosse suficiente, mas a vida que levei me fez assim, entre o livre e o fechado me aprisionei, me entreguei a mil vergonhas, me fechei em uma concha e me fiz forte assim, talvez fosse simples quebrar tudo, mas não seria eu, não era eu quem precisava...
Mas as peças se encontram e não há como escapar, meu jeito, sou delicada, sou frágil, sou chorona, envergonhada e toda complicada, sei sorrir, sei brincar, sei amar com toda a força, sei cuidar, mas muitas vezes não saberei deixar que me cuidem. Sou assim sem muitas reticências mas cheia de poréns e entre tantos. Assim como esse alguém me viu, tenho medo de perder, as vezes choro escondida, sei o quanto ele é bom, o quanto é sincero e inocente e que as qualidades que mais amo são as que mais me fazem temer perde-lo, um bobo, incorrigível, talvez sua loucura pareça um pouco com a minha. Eu não escolhi te escolher, mas escolhi te manter e sempre escolherei, e quando eu estiver perdida, e quando os caminhos não tiverem mais sentido... Eu voltarei para casa. A nossa casa, voltarei para o meu lar, meu lugar, onde eu sei que alguém me espera.