segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Alguma coisa morre em mim

Sonhos, são sempre eles, sempre abrindo meus olhos, sempre dividindo meus mundos.
Acordo com enjoo, mas foi tudo tão tranquilo, as cenas pesadas não pareciam tão horríveis quando estava a vê-las. Olhos vazios, bocas costuradas, a pele rasgada e novamente montada. Não havia medo, apenas uma pessoa a costurar, corrigindo e remontando, transformando, consertando os erros e as destruições. A pele vazia, sacos de pessoas, faltava alma, faltava amor, apenas pessoas que nada podiam me fazer, que nada podiam me causar.
E a pessoa que costurava não era eu, talvez fosse o tempo, juntando os pedaços perdidos, de minha parte não havia tristeza nem compaixão. Vi a cena e deixei, e parti e segui.
Sonhos reais que me assustam e me acalmam.
Da morte sempre surge a vida.
Pois que ela venha cheia, pois muito já morreu!