segunda-feira, 11 de maio de 2009

Ao meu jeito

Sou assim tão sem jeito
Tão do jeito errado de ser
Sempre a tentar descobrir
Tentando ver que não,
Me provando que estou errada
Que sou errada
No meu jeito
Minha solidão
As vezes o coração aperta
Se debate como nunca vi
Acreditando perto do que é
Porque não posso crer assim?
Tenho sempre que procurar o fim?
Nada é certo
Nada é perfeito
Nada é belo
ou sincero
nesse mundo,
não acredito...
Sou tola, busco erratas
Busco defeitos
Procuro o não ser dentro do ser
Dentro de você
Ou dentro de mim
Choro, me despedaço
Sou assim
Um quebra-cabeças
Partido
Sempre a procurar uma peça falatando
Mas a realidade é que sempre a encontro
Não sei explicar
Sei sentir
Tudo sempre acaba por se encaixar
Mesmo que eu não veja como
Eu sei.

Um comentário:

Matheus Stefan disse...

Tudo há de se encaixar, sem jeito ou do jeito que está, há um jeito de ser e ser o que sempre será, nas curvas desses versos que diz mais de ti do que quer deixar, encontrara os caminhos que nunca seguirá, as lágrimas que não derramará, errará muito mais do que acertar, para poder ser humana e se encontrar, em entrelinhas, nunca ditas, se entenderá... e saberá dos seus passos curtos e desajeitados, pegadas a te acompanhar, no teu jeito de ser, no teu jeito de andar, poucos caminhos a de seguir, poucos amigos a te guiar... que estarão, sempre estarão lá... no teu jeito de ser, no seu jeito de andar...