terça-feira, 27 de abril de 2010

Discurso sobre mãos dadas

Quando era criança acreditava que namorar era andar de mãos dadas. Tanto era assim que meu primeiro namoro foram quatro meses apenas de mãos dadas. Essa coisa de dar as mãos não sei se é só minha, mas para mim a intimidade começa assim... Não sei bem ao certo como faço para começar esse contato, talvez esbarrar a mão, ver se a pessoa afasta, caso não afste começam os carinhos, o brincar com os dedos. Das mãos vai subindo, um abraço, um ombro para deitar a minha cabeça. E foi mais ou menos esse o ritmo, mãos quentes, um abraço para me proteger, um ombro para eu descansar e então seus lábios para aquietarem meu corpo que tremia e o meu coração que batia forte e quase fogia do peito. Essas suas mãos a segurarem as minhas me são tão importantes, talvez mais que os beijos, pois é uma união simples, silenciosa e que me mostra que estamos realmente juntos. Queria suas mãos nas minhas, aqui e agora.

Um comentário:

Dan disse...

sempre as terá...