domingo, 1 de agosto de 2010

Poeira ao vento

São tantas as canções que passam por minha mente, mas como dito elas apenas passam, se desfazem na mente, vão recordando de momentos que já foram, como dito foram. De cada momento o que resta são apenas memórias vazias que aos pouco deixam de ser inclusive isso, se tornando menores do que um pequeno grão de areia no deserto, tudo o que já foi se desfez. Os sonhos são apenas sonhos e atravessam nossas mentes trazendo pequenas porções de alegrias, mas essa alegria também é passageira, como tudo o que há no mundo, nada sobra. Os olhos que vejo não são os mesmos olhos que um dia olhei, são outros, talvez mais belos, talvez mais tristes, eles mudaram dia a dia, cada célula que havia se foi, e o olhar que entrega agora é diferente, pois traz a dor de tudo aquilo que passou, tudo aquilo que veio depois dos primeiros olhos.
Minhas mãos já não são mais as mesmas que com carinho seguraram a sua, que com medo acariciaram seus dedos, que quiseram tomar seu rosto e sentir seus lábios, elas ganharam um pouco mais de força, apesar de a cada momento precisarem mais de suas mãos a segurá-las, elas calejaram de algumas coisas, mas são tantas coisas que ainda existem, que elas estão aqui esperando por quem resolva segurá-las. Mas o mundo vai passando junto ao vento, a olhos vistos as coisas se transformam, não há como saber o que vai ficar, pois no final, nada realmente fica, tudo é apenas poeira ao vento.

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