quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Desenrolando pensamentos


Desvairadamente
corro entre ruas
Rio e choro,
pareço ter achado
Respostas,
elas existem,
sempre existiram
Estão soltas
dentro da minha mente
Soltas,
se jogam,
se debatem
Se perdem
se enrolam,
se entrelaçam
Criam novas e melhores respostas!

Visualizando
em velocidade máxima
Tentando capturar
cada cena
Sem pausar,
sem deixar o fôlego
Se exaurindo
Sem perder a inspiração
Perdendo cada vez mais
o controle
Se jogando de cabeça
no fundo do desconhecido!

Para, respira...

Não dá,
continua,
Em um mergulho
Sem pegar ar,
vai com toda a força
Até desmaiar,
deixa rolar
Grita até sufocar,
não precisa jamais parar
Respire a exaltação
Seja a exaltação

Descobre
mais uma vez
as respostas...
Elas não importam,
agora você sabe
Seu coração nunca parou,
nunca vai parar
Ele só aprendeu
um novo sabor
Ele só precisa de outro ritmo
para bater

Agora que ele sabe o que quer,
não importa ter
Importa desejar,
Saber
o que se quer
saber
o que procurar
Como é bom
frenesi de ideias...
Sorrir,
morrer de rir,
sem saber ao menos o porquê...

Vai nessa,
voa longe,
dispersa no ar
Vira vento,
varre tudo
para longe
No final só quero passar
por tudo e todos
E quando menos esperar
ser puxada
Sem que pedir licença
ser levada
Com toda a força do desejo,
ser lançada
Arrastada pelas ondas,
jogada contra a areia
Sentir a água roçar meu corpo,
sem pedir!

Me leva pra onde quiser,
mostra que tem sangue
Que a veia pulsa
que os olhos ardem
Deixa o tempo rodar
entre as cabeças dos mortais
Sublima junto com meu ser
queima
Sente a vertigem da subida,
sente o medo da queda
Ouve o vento zunir em seus cabelos,
chora a dor...

Sente a mente rodar
os pensamentos se perderem
É a falta de ar,
o chegar no limite,
deixa estas sensações
Só repare nelas,
não lute contra,
deixe-as
Elas passam,
portanto aproveite-as
ao máximo
Podem parecer estranhas,
mas são as mais perfeitas
Sente o gosto do inusitado,
deixa se surpreender com o novo

Grita,
ruge,
solta,
extravasa,
levanta,
morre
Não importa mais nada...
Vive mais,
vive a vida,
vive a morte
Lute contra o impossível,
seja derrotado,
mas não caia
Se cair aproveite
sente o gosto da terra
Saboreia a dor,
saboreia a derrota,
engole com prazer
Sente cada grão de areia...
Sente o sangue quente escorrer,
sente a morte vir,
sente com vontade

Tudo tem intensidade,
tudo tem sabor,
tudo tem sede
Você só precisa achar o tom,
ele está lá
Escondido,
dentro ou fora,
em algum lugar,
lugar nenhum
Sente a vertigem
de saber de sentir...
Dorme de olhos abertos
não perde seus instantes
Sonha acordado
para não ter que dormir

Sai correndo e pula,
se joga do mais alto precipício
Você merece,
aprende a voar,
sem ter medo,
não importa a queda
O que importa é a distância percorrida
não como a percorremos
Chega longe,
não olha para trás
Esquece os obstáculos,
eles não foram feitos para serem desviados,
Bate de frente neles,
destrói sem piedade

Vê meus olhos se acenderem
se inflamarem se incendiarem
Vê o fogo correndo vermelho como sangue
Não tenha medo de se queimar
faça como eu,
entre nele
Sinta o calor,
sinta o dor do queimar,
deixa ele te destruir
Quando não souber mais nada,
quando os pensamentos se perderem
Quando a vista anuviar,
quando os olhos quiserem se fechar
Não deixe,
jamais se entregue,
se mate antes de se deixar morrer

Nenhum comentário: