quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O destino vem!


Portas e janelas abertas. Os raios de sol vão entrando sem pedir licença. O corpo se esconde da luz, em alguns momentos ainda quero continuar a sentir o meu frio interno, mas o mundo sempre chega e me leva junto, dá voltas e não me pergunta se quero ficar. Sou arrastada por ondas de alegria e coisas boas que sempre me deixam com a consciência pesada. Parece loucura. E então eu ouço baterem em minha porta... Finjo não ouvir, batem uma, duas, três vezes. Parece que foram embora, deixo o silêncio me invadir, e mais uma vez ouço baterem. Fugir pareceria fácil se eu não fosse quem sou, ou se o meu destino fosse um pouco mais calminho e não corresse em minha direção e pulasse em minhas costas. As vezes não é fácil, ele ali, montado de cavalinho em minhas costas, como se fosse uma criança, porém ele pesa. Cada vez que paro para pensar o destino vem e me dá um tapa na cara, manda que eu olhe para frente, grita em meus ouvidos: O PASSADO JÁ ERA! E para que eu não caia novamente continuo a andar.

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