segunda-feira, 3 de maio de 2010

Medo e destruição

E quando aos poucos vamos nos abrindo e mostrando nossas porções mais frágeis, procuramos no outro a mesma abertura. Porém não é sempre que o afeto é igual, muitas vezes acabamos por ver no outro um algo mais que o outro não vê em nós. Em alguns momentos a abertura que damos parece ferir aquele que não quer se abrir, e como animal ferido o outro se defende da forma que seus instintos o ensinou: Colocando as garras para fora e ferindo mais fundo. E aquele que se abriu indevidamente acaba por ser ferido gravemente e com isso muitas vezes acaba com medo de se abrir novamente, acreditando que mais uma vez pode se machucar e talvez ainda mais gravemente. Então acredita que o melhor é não se arriscar, mas o problema é que no peito fechado além de não passarem garras afiadas também não passa o amor.

Nenhum comentário: