quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Pensamentos de passarinho II

Ontem passei o dia todo com a gaiola aberta, não ousei sair dela. Ele me alimentou como de costume, mas não fez mensão de fechá-la, cheguei a pensar que ele já não me quisesse lá, que pensasse em me substituir por um pássaro mais belo, de canto mais bonito, porém ele também não teve a atitude de me arrancar de meu lugar, e dúvido que em algum lugar houvesse alguém que cantasse a ele com tanta vontade.
Hoje como de costume acordei-o com um canto, não nego que não foi o mais incrivel, mas como sempre o fiz com todo prazer, antes de hoje nunca havia me perguntado se por acaso meu cantar lhe era incomodo, se meu acorda-lo o atrapalhava, mas hoje foi diferente, exitei, contudo, minha vontade venceu.
Algumas vezes quando ele passava a a tarde sem nada fazer vinha até mim, e com um afago me fazia trinar a ele, hoje poderia ter sido um dia desses em que poderia ser afagado e cantado uma bela canção, mas não foi.
É confuso tudo que vejo, se ele aoenas não me trouxesse mais comida saberia com certeza que já era hora de partir, mas tudo continuava como antes, algumas vezes com menos afagos, outras com mais... Mas a porta se mantinha aberta, e eu continuava sem saber.
Por falta do carinho deste dia fiquei um tanto triste, um tanto revoltado e sai da gaiola, fiquei a espera num canto em que ele não haveria de me encontrar, não sei se me procurou, mas eu voltei ao "meu lugar".

(Fim da segunda parte...e haverão outras?)

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