quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Pensamentos de passarinho VI

Passei a noite lá, logo de manhã coloquei-me a cantar da forma mais bela que pude, afinal não sabia quantas vezes mais estaria ali para cantar, mas mais importante do que isso... Eu estava feliz. Uma felicidade estranha pois agora eu reparava algo que nunca havia notado, aquele que achava ser meu dono, nunca foi, ele era apenas o dono da gaiola. Mesmo que fechasse as portas e me prendesse, ainda assim eu não seria dele, era impossível ele ter o meu ser, pois apenas eu era dono de meus pensamentos e sentimentos. Assim como eu tentava entendê-lo a partir de meus olhos de passarinho talvez ele tentasse me entender por seus olhos de ser humano, mas mesmo que eu fosse humano ou que quem sabe ele fosse pássaro, ainda nos limitaríamos ao entendimento de nós mesmos.
O que eu poderia oferecer era aquilo que eu possuía, os céus que eu conhecia poderia cantar em belas notas todas as manhãs, e ele poderia toda noite me oferecer em carinhos os caminhos do chão.
Afinal, onde começa a terra?
Onde começa o céu?
Eles começam juntos e terminam juntos também, mas cada qual percorre o se caminho.
O partir, naquele momento, seria errado, pois seriam duas as tristezas. Se um dia minhas asas de passarinho me farão partir eu não sei, mas por enquanto quero cantar para ele em todas as manhãs sobre as tardes que passarei nos céus, e quero toda noite o conforto que ele pode me proporcionar.

FIM

(Primeira história mais longa minha que chega ao fim...Pode parecer bobo, mas eu realmente aprendi muito com meu passarinho...rs...espero que quem leu tenha gostado, agora preciso de um ilustrador, e quem sabe a história saia da net...^^)

2 comentários:

Lu...uma imensidão sem palavras disse...

Parabens, pelo aprendizado, pela história e pelo talento.

Que esse pequeno passarinho seja muito feliz!

Bjus

Garotinha Ruiva disse...

Se precisa de ilustradores, estamos aí ^^