domingo, 18 de janeiro de 2009

O Hoje!

Hoje quero rasgar a alma
No estilete ou na faca
Jogar o que já não presta
Nunca prestou
Vou destruir meus versos
Incertos
Vou varrer as promessas
Os sonhos
Desfazer essa vida
E quando acabar
Não quero você a minha porta
Minha janela não estara aberta
O dia será só o silêncio
A noite será o esquecimento
O lamento não será perdão
Peço perdão
Avida pelo fim
E outro dia há de vir
E então poderei costurar um sorriso
Com toda a calma
Sentada na soleira
Fecharei cada fenda,
Cada buraco
Será tudo feito a mão
Nas minhas mãos
Em novos papeis os poemas
Em novos caminhos os meus pés
Talvez descalços
Quem sabe manchados de sangue
Mas serão meus passos
Nos meus passos
O céu pode até chorar
Rugir, intimidar
Mas o meu lugar não é aqui
Não foi assim
sem fim
Mas foi assim
como devia, sim.

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